Acelerar e tornar mais eficiente a adoção de conhecimentos e soluções inovadoras que promovam a segurança alimentar pelos agentes do sistema alimentar é a ambição do Catalyse. Liderado pelo Centro de Biotecnologia e Química Fina, da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa no Porto, tem como objetivo criar uma rede de atores de segurança alimentar que apoie a adoção de conhecimentos e soluções inovadoras ao longo da cadeia de valor.
Será um local comum onde todos os atores da cadeia alimentar se podem encontrar - inovadores, reguladores, universidades, indústrias, organizações não governamentais - e definir em conjunto as necessidades e possibilidades a que a inovação pode responder. Ao associar todos estes atores, promove a inovação personalizada e co-criada com um mercado identificado para implementação, proporcionando soluções vantajosas para todos.
O projeto, que foi selecionado como a melhor proposta ao desafio “Rede temática para garantir a segurança alimentar através da tradução da investigação e inovação na prática”, do Horizonte Europa, o programa-quadro de Investigação e Inovação da Comissão Europeia, é composto por 17 parceiros e terá a duração de três anos. O arranque do projeto decorreu na Università Cattolica del Sacro Cuore, em Milão, nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro. Foram dois dias repletos de discussões esclarecedoras sobre a missão de apoiar a inovação em segurança alimentar, promovendo a implementação de novas tecnologias.
Colaboração e partilha de conhecimentos
Os investigadores Paula Teixeira e João Cortez, coordenadores do projeto em Portugal, explicam que “a rede pretende promover a colaboração e a partilha de conhecimentos sobre segurança alimentar num modelo que recolhe e depois partilha esses mesmos conhecimentos e práticas através da educação ativa e da facilitação.”
O projeto visa colmatar a lacuna entre os utilizadores finais, inovadores, profissionais, formadores e reguladores, facilitando a comunicação entre estas partes, ao mesmo tempo que faz corresponder as necessidades práticas a soluções inovadoras.
Aumentar a consciencialização e compreensão das inovações que estão a ser produzidas "Farm2Fork"; promover a colaboração e a partilha de conhecimentos entre os atores do sistema alimentar para acelerar a adoção e a expansão de práticas e tecnologias inovadoras; produzir materiais didácticos e dar formação aos profissionais e utilizadores finais; apoiar as empresas em fase de arranque e as PME com inovações promissoras em matéria de segurança dos alimentos e avaliar o impacto da inovação no sistema alimentar e identificar áreas para desenvolvimento futuro são as linhas de ação do Catalyse.
A Educação como prioridade
“A educação e a facilitação serão atividades fundamentais para apoiar a inovação e a gestão da mudança”, afirmam os coordenadores.
Durante as atividades da rede, vão ser definidas as prioridades para o trabalho futuro, será fornecida educação e formação em segurança alimentar e será dado apoio às empresas alimentares em fase de arranque e às PME. Os dados sobre invenções e práticas relacionadas com a segurança alimentar serão disponibilizados numa plataforma de acesso livre para apoiar uma comunicação alargada.
Financiado pelo Horizonte Europa, o programa-quadro de Investigação e Inovação da Comissão Europeia, o projeto “Catalyse innovation in food systems“ é liderado pela Universidade Católica Portuguesa e envolve as entidades: Catholic University of the Sacred Heart, Wageningen University & Research, Nofima AS, European Federation of Food Science and Technology, Quadram Institute, Research Division Plant-Production Systems, Slovenska Polnohpodarska Univerzita V Nitre, Stichting Effost, Federacion Espanola de Industrias de la Alimentacion Y Bebidas, Syreon Kutato Intezet Korlatolt Felelossegu Tarsasag, Ruokavirasto, Association Nationale des Industries Alimentaires, Fooddringk Europe, Flanders’ Food, ANSES – Agence Nationale de la Securite Sanitaire de L Alimentation de L Environment et du Travail, ProCheese.