A minha ligação à Escola Superior de Biotecnologia (ESB) remonta aos meus tempos de estudante universitária e é com forte sentimento de pertença que escrevo estas palavras. No meu ensino secundário imaginava a universidade como um lugar que me ia abrir ao mundo – e foi isso mesmo que a ESB me proporcionou, num quadro de valores e sentido que perdura. Ainda hoje a ESB me inspira a imaginar o futuro que mais ambiciono para que todos - alunos, docentes, investigadores e outros colaboradores – desenvolvam o seu potencial, encontrem a sua paixão e cultivem memórias preciosas.
Na sua génese, em 1984, a ESB trouxe uma nova forma de estar ao ensino superior português: a ligação ao tecido empresarial planeada de raiz e incorporada no modus operandi, um curso de Engenharia Alimentar até então inexistente no País, a abertura ao mundo com estágios no estrangeiro para todos os alunos (agora habitual mas impensável à data)... Fomos inovadores então como o somos agora em direção ao futuro.
Nunca parámos de crescer e evoluir. O nosso Centro de Investigação está oficialmente classificado com a prestigiante categoria mais elevada de “Excelente” – resultado da avaliação por um painel internacional, e a dimensão dos projetos desenvolvidos não cessa de aumentar - uma prova da nossa competência estabelecida nas várias dimensões da Biotecnologia. Alavancámos uma parceria com uma grande empresa norte-americana de biotecnologia que, a par de muitas outras colaborações com empresas e organizações, atesta o nosso posicionamento em áreas por explorar.
Estamos desde 2019 num novo edifício e concentramos no mesmo espaço o ensino, a investigação, os serviços às empresas e a extensão à comunidade. Quem entra como estudante pode imergir logo, desde o 1º ano, num ambiente estimulante de investigação, onde as interações entre áreas de especialidade são motor de inovação, pleno de desafios e interajuda.
Os nossos estudantes depressa descobrem que aprender é uma dinâmica personalizada, em estreita proximidade com professores e investigadores. Ser competente, ser parte da solução, é muito mais do que acumular conhecimento. O desenvolvimento integral – da capacidade crítica ao espírito de voluntariado, da autonomia ao sentido ético do seu papel no mundo – é o objetivo último destes anos de descoberta e criação de percursos pessoais e profissionais.
Num mundo que evolui a uma velocidade nunca vista, em que a sobrevivência da sociedade depende da sabedoria com que descobrimos ciência e usamos tecnologia, vamos continuar a deixar-nos contagiar pelas ideias que nos renovam um dia de cada vez e seguir no nosso caminho com propósito e com impacto.
Que a ESB seja sempre início de um futuro inspirador.
Professora Doutora Paula Castro
Diretora