Abertura do ano letivo 2025-26: “a universidade cultiva a esperança no futuro”

Quarta-feira, Outubro 15, 2025 - 16:43

Foi no dia em que a Universidade Católica Portuguesa celebrava o seu 58.º aniversário que decorreu, no Porto, a cerimónia nacional de abertura do ano letivo 2025-26. “Celebramos 58 anos de uma História de ambição, de autonomia, de serviço à igreja e ao País”, começou por assinalar no discurso de abertura a Reitora, Isabel Capeloa Gil, lembrando o Decreto Lusitanorum Nobilissima Gens, de 13 de outubro de 1967.

Após dar as boas-vindas aos novos alunos e de manifestar “sincera admiração” pelos recém-graduados que, neste evento, receberam os seus diplomas, a Reitora recorreu à tela ‘Metáfora Bianco’, do artista brasileiro e frade franciscano Sidival Fila, para refletir sobre a ideia e a função atual das universidades.

“A universidade é uma instituição enraizada na tradição, mas perpetuamente aberta à transformação e que tem de avançar através de uma orientação contínua para a esperança, que dá aos seus alunos e às partes interessadas com quem labora. É muito mais do que o espaço da euforia otimista da tecnologia. É a instituição que cultiva a esperança no futuro”, observou Isabel Capeloa Gil. É também, acrescentou “local de busca permanente, espaço heterogéneo, recetivo a vozes diversas, onde a história é preservada e transmitida”.

Na sua intervenção, a Reitora apontou ainda alguns dos principais projetos a desenvolver este ano letivo, como o ‘UCP Nova Geração’, um “projeto pedagógico de transformação ambiciosa, exigente, dos mais difíceis que a Universidade encetou”. Direcionado para os cursos de primeiro ciclo, “abarca modelos e metodologias de ensino, um reequacionar dos perfis de competências exigidas em quadros profissionais, culturais e sociais complexos exigentes e a integração de um currículo partilhado obrigatório”, com três eixos que incluem disciplinas de identidade e missão, as novas humanidades as tecnologias emergentes como a Inteligência Artificial e a programação. Referiu também os projetos de capacitação no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência e a continuidade da transformação infraestrutural nos 4 campi, incluindo o novo Campus Veritati, em Lisboa.

Isabel Capeloa Gil concluiu, reforçando a “dimensão ética e da liderança moral que as instituições educativas, como as universidades, devem afirmar”, para “desenvolver o país, capacitar as pessoas e promover a investigação e a ciência sempre orientadas para o bem-comum”.

Convidada a falar da sua experiência, a alumna Raquel Seabra, hoje administradora executiva da Sogrape, referiu-se à Católica como “mais do que uma escola, é uma família, comungam-se e transmitem-se valores, criam-se pontes e ensina-se o diálogo, partilha-se um sentido maior que nos transcende, faz crescer o indivíduo como parte de um coletivo”.

“É uma comunidade de impacto, uma rede de partilha e de amparo entre os seus membros, é um lugar seguro onde se continuarão a discutir ideias, a promover sem medos o conhecimento, a inovação e a ciência. É a casa, a casa onde todos e cada um de nós aqui nesta sala encontrará o conforto e a segurança para ser e fazer-se ouvir de corpo inteiro”, sublinhou ainda a gestora, formada pela Católica-Lisbon.

Nesta ocasião, foram também entregues os Prémios UCP/Caixa Geral de Depósitos, os Prémios Inovação Pedagógica e a Bolsa UCP4Success. E os docentes com 24 e 40 anos de carreira foram distinguidos com Medalhas de Mérito.

A encerrar a cerimónia, o bispo do Porto, D. Manuel Linda, deixou uma mensagem aos alunos e aos docentes: “caros alunos, há um diamante dentro de cada um de vós e a educação nesta Universidade Católica ajuda a poli-lo e a fazê-lo brilhar num mundo que não necessita de escuridão, mas de luzes que nos iluminem. Senhores professores, ajudem os vossos alunos a lapidar esse mesmo diamante. Sejam luz”.