O simpósio internacional do projeto do Laboratório Conjunto Sino-Português, realizado no dia 8 de junho de 2024, assinalou um marco significativo na colaboração científica entre a China e Portugal. Organizado pela Universidade Católica Portuguesa, o simpósio reuniu líderes e representantes de ambos os países para celebrar e reforçar a parceria.
O primeiro Laboratório Conjunto Sino-Português de Ciências Marinhas e Ambientais resulta de um acordo de cooperação China-Portugal nas áreas das ciências marinhas e ambientais entre o Institute of Science and Environment of the University of Saint Joseph (ISE-USJ), o Centro de Biotecnologia e Química Fina da Universidade Católica Portuguesa (CBQF-UCP), o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e o Institute of Oceanology, Chinese Academy of Sciences (IOCAS). O projeto pretende também estabelecer um sistema estável de visitas e intercâmbios científicos mútuos, formação, desenvolvimento de investigação, partilha de instalações e equipamentos de investigação e organização de eventos científicos e de inovação, promovendo a consolidação de uma plataforma abrangente sino-portuguesa de ciência e tecnologia marinha e ambiental.
Isabel Capeloa Gil, reitora da Universidade Católica Portuguesa, destacou a criação deste laboratório no contexto da missão da universidade, afirmando que "parte da nossa missão sempre foi desenvolver a Ciência para o bem da Humanidade."
Isabel Braga da Cruz, pró-reitora da Universidade Católica Portuguesa no Porto, reforçou o empenho com a parceria, reiterando que “o ambiente interdisciplinar que se vive no campus da UCP no Porto proporciona colaborações com forte ligação à indústria, como a que hoje sinalizamos. Tenho a certeza de que este projeto e esta colaboração trarão resultados frutuosos."
Zhang Yaping, vice-presidente da Chinese Academy of Sciences (CAS), partilhou o seu otimismo, afirmando que "há um potencial notável nestas colaborações. Acredito no processo de construção de uma relação melhor e mais forte entre os dois países no futuro. A ciência e a tecnologia devem desempenhar um papel ainda maior."
Wang Fan, diretor do Institute of Oceanology, Chinese Academy of Sciences (IOCAS), destacou o foco estratégico do laboratório conjunto, enfatizando o seu alinhamento com as estratégias de ciência marinha e ambiental. "O laboratório conjunto está orientado para atender às estratégias no campo da ciência marinha e ambiental, visando beneficiar a indústria marinha na China e em Portugal e estender-se às fronteiras internacionais," afirmou Wang.
Stephen Morgan, reitor da University of Saint Joseph, saudou a colaboração como "uma enorme conquista," antecipando "resultados científicos de enorme valor" da parceria.
Maria Ana Martins, membro do conselho de administração do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, afirmou que "o próximo passo é partilhar conhecimento e experiência para que possamos levar esta colaboração ainda mais longe."
Paula Castro, diretora da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa - Porto, considerou que o desenvolvimento desta parceria é um passo importante na direção certa, afirmando que “a criação de oportunidades para expandir a nossa atividade e interagir com instituições chinesas é parte integrante da nossa aposta internacional.”
Já Manuela Pintado, diretora do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Universidade Católica Portuguesa, destacou a natureza colaborativa das conquistas, garantindo que "estamos a celebrar um feito muito importante onde a colaboração é a palavra principal. Com mais de 95 projetos em execução, o CBQF está a gerar muitas publicações, mas, mais importante, está a gerar muito impacto."
O Simpósio Internacional do Projeto do Laboratório Conjunto Sino-Português revelou um testemunho da força e potencial da colaboração científica internacional, assinalando um começo promissor para futuros projetos.