Um desafio diferente, para descobrir que é possível mudar coisas no mundo que fica à nossa porta. Com base num dos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – escolhido anualmente e ancorado na área de Educação para a Cidadania, formam-se equipas de jovens do secundário que vão identificar um problema e desenvolver um plano de ação. Todo o trabalho é documentado em vídeo. Os grupos com os percursos mais interessantes são selecionados para o fórum final onde, além da interação com um júri e da atribuição de prémios, será criada uma súmula coletiva sobre caminhos para a sustentabilidade a apresentar à Comissão de Ambiente e Energia da Assembleia da República.
O TEMA EM 2025/2026
Nesta primeira edição do Fórum o tema a trabalhar está integrado no ODS 12, sobre padrões de produção e consumo sustentáveis. Trata-se, especificamente, da meta 12.3: Até 2030, reduzir para metade, à escala global, o desperdício de alimentos per capita, tanto a nível de retalhistas como de consumidores, e reduzir os desperdícios de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento, incluindo os que ocorrem pós-colheita. Para contribuir os grupos participantes vão, naturalmente, focar-se na escala local e alargar os limites da sua capacidade de reflexão, planeamento e intervenção no mundo real.
O ENQUADRAMENTO
A área curricular de Educação para a Cidadania pretende habilitar os jovens para «uma participação cívica ativa e para enfrentar os desafios das sociedades atuais» e o Fórum Ciências e Sociedade propõe-se contribuir diretamente para essa aspiração, em particular criando a «dimensão vivencial» que as Aprendizagens Essenciais valorizam. Os ODS estão explicitamente integrados na dimensão do Desenvolvimento Sustentável a qual, para o ensino secundário, envolve abordar os desafios ecológicos e perspetivar a cidadania que viabiliza o futuro comum através de ações que nos redirecionem para o equilíbrio ambiental sem o qual a sociedade atual estará condenada. Sem a ambição de mudar o mundo, o Fórum Ciências e Sociedade foi desenhado para potenciar a descoberta de que é possível viver de modo diferente, para melhor (e talvez até ser pessoalmente transformado nesse processo interativo).
AS REGRAS E PRAZOS
Esta atividade está aberta aos alunos de todos os cursos científico-humanísticos do ensino secundário em Portugal (e também de escolas espalhadas pelo mundo que ensinem em língua portuguesa). As equipas são compostas por um professor responsável (que pode mobilizar outros colegas) e por 2 a 5 estudantes que não têm de pertencer à mesma turma ou ao mesmo ano (ou sequer ao mesmo curso científico-humanístico).
O desafio divide-se em três partes:
1. Identificar e caracterizar um problema específico relacionado com o desperdício alimentar que seja sentido numa comunidade específica: uma escola, uma empresa, uma freguesia...
2. Conceber um plano para essa comunidade ultrapassar o problema. A solução proposta deve incluir uma componente tecnológica (digital ou física) e uma componente humana (que pessoas devem ser envolvidas? como irão reagir? como podem ser mobilizadas?) e deve ser sistematizada depois de interação com pessoas e instituições relevantes.
3. Iniciar a implementação desse plano. Não seria fácil terminar de resolver o problema em poucos meses. Mas é possível começar e explorar até onde se consegue chegar e que dinâmica se consegue estabelecer. No melhor dos cenários o plano continua a concretizar-se (por terceiros) mesmo após o grupo ter terminado a sua intervenção.
São estas as várias fases:
• até 8 de janeiro de 2026 o professor coordenador inscreve o(s) seu(s) grupo(s) no formulário da inscrição (onde indica num parágrafo aquilo a que o grupo se propõe)
• até 8 de abril de 2026 são submetidos os materiais produzidos no formulário da seleção
• um júri composto por especialistas da Católica avalia os trabalhos e selecionar os mais interessantes (a seleção é anunciada a 15 de abril)
• os grupos selecionados confirmam a sua presença até dia 30 de abril de 2026
• o fórum ocupa o dia 8 de maio de 2026, decorre nas instalações da Escola Superior de Biotecnologia da Católica no Porto, conta com personalidades conceituadas (que irão atribuir os prémios) e inclui debates, apresentações e ainda oportunidades de convívio
São dois os materiais a produzir ao longo do trabalho e a entregar até dia 8 de abril:
• um documento escrito com 3 a 10 páginas (excluindo capa e anexos)
• um vídeo com não mais de 10 minutos
O documento escrito deve referir, pelo menos, os pontos seguintes:
• o problema específico e como foi encontrado
• as principais características desse problema, incluindo aspetos técnicos e sociais
• os esforços desenvolvidos para recolher contributos e equacionar soluções para o problema (pessoas consultadas, recursos utilizados, experiências recolhidas...)
• o plano de resolução (também com as componentes humana e científico-tecnológica), incluindo considerações sobre a sua sustentabilidade, viabilidade e resiliência
• o trabalho de implementação (se iniciado)
O vídeo pode ser gravado com o telemóvel e deve conter registos das várias fases do trabalho. Terá de ser posto no Youtube (tem de ser público, embora possa ficar Não Listado). Todos os elementos do grupo devem estar visíveis e audíveis em diferentes momentos da história.
Os grupos selecionados para o dia do fórum podem trazer consigo informação adicional, nomeadamente a gerada após a submissão do trabalho.
Os dois júris levarão em consideração critérios como a clareza e suficiência da informação, a criatividade na abordagem e plano desenvolvido, o cuidado na inclusão das duas dimensões requeridas (técnica e humana), a praticabilidade da solução proposta e o potencial do seu impacto.
Para qualquer questão agradecemos o contacto para biotecnologia@ucp.pt – prometemos ser breves com a resposta.