O Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) da Universidade Católica Portuguesa (UCP) vai iniciar uma fase transformadora com o THRIVE. Um projeto ERA Chairs destinado a fortalecer a investigação em Engenharia Alimentar e Tecnologia do centro de investigação e também o de aprofundar a colaboração internacional do Centro. Esta iniciativa será liderada por Lília Ahrné, cientista reconhecida internacionalmente e alumna da Escola Superior de Biotecnologia, que traz uma vasta experiência e contactos globais para o centro de investigação. Ao longo de cinco anos, o Centro de Biotecnologia e Química Fina vai receber 2,5 milhões de euros, financiado pelo Horizonte Europa.
“A ERA Chair representa uma oportunidade única para alcançar os nossos objetivos de consolidar a Engenharia Alimentar no Centro de Biotecnologia e Química Fina, enquanto aceleramos a nossa projeção internacional. Com a investigadora Ahrné na liderança, vamos promover investigação de ponta, expandir a nossa rede internacional e continuar a contribuir para a sociedade com soluções alimentares sustentáveis e nutritivas”, afirma Manuela Pintado, diretora do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF).
A motivação por trás do projeto
O objetivo do Centro de Biotecnologia e Química Fina é melhorar ainda mais o seu papel em tecnologia de alimentos e inovação nutricional, construindo uma equipa dedicada com foco de investigação em tecnologias de estruturação de alimentos — uma área crucial para melhorar as necessidades sensoriais e dietéticas de populações específicas, como por exemplo com disfagia. A ERA Chair, um programa de financiamento europeu, vai proporcionar ao Centro de Investigação os recursos necessários para dar este próximo passo. O convite a Lilia Ahrné surgiu numa conferência onde também estava Manuela Pintado. As duas partilharam a visão de utilizar a sua expertise internacional para “retribuir” à instituição e ao país que a ajudou a nutrir a sua carreira.
Âmbito e Impacto do projeto THRIVE
Com início marcado para 1 de janeiro de 2025, o THRIVE terá a duração de cinco anos e espera-se um impacto transformador previsto para a ciência dos alimentos e para a sociedade. Os principais resultados incluirão:
- Criação de um Novo Grupo de Investigação: Uma equipa dedicada especializada em tecnologias de estruturação de alimentos, que aumentará as competências dos investigadores do CBQF e proporcionará acesso a infraestruturas de investigação internacionais de destaque.
- Desenvolvimento de Produtos Alimentares Nutritivos: A investigação concentrar-se-á em criar alimentos sustentáveis e saudáveis com propriedades sensoriais personalizadas, como textura e sabor aprimorados, projetados para populações com necessidades dietéticas específicas.
- Fortalecimento de Parcerias com a Indústria e Excelência em Investigação: A colaboração com líderes globais da indústria alimentar, além da contratação de investigadores internacionais, consolidará ainda mais a reputação do CBQF como um centro de investigação de topo.
- Aumento da Capacitação: Investigadores e gestores de ciência do CBQF beneficiarão de formações especializadas em obtenção de financiamentos competitivos e gestão de propriedade intelectual, fortalecendo a capacidade do centro para futuras iniciativas de investigação.
Financiamento e estratégia de execução
Esta iniciativa de 2,5 milhões de euros é essencialmente um projeto de capacitação. O financiamento irá apoiar principalmente a contratação de investigadores para o novo grupo, além de facilitar intercâmbios de investigadores com infraestruturas internacionais e a realização de formações e colaborações com especialistas externos. A formação específica em tecnologias de estruturação de alimentos também será um componente central da execução do projeto.
Um marco importante para a Universidade Católica Portuguesa e para o CBQF
A obtenção da ERA Chair solidifica a posição do Centro de Biotecnologia e Química Fina como líder em Engenharia Alimentar e destaca o compromisso da Universidade Católica Portuguesa em alinhar-se aos princípios da Comissão Europeia de “ciência aberta, inovação aberta e aberta ao mundo”, além de apoiar a Carta da UE e o Código de Conduta para Investigadores. Para além disso, reforça a atratividade do centro para investigadores internacionais e aumenta a atratividade dos programas de licenciatura e de mestrado em Engenharia Alimentar.
Com a atribuição da ERA Chair, o Centro de Biotecnologia e Química Fina está pronto para iniciar uma nova era de inovação e colaboração global que moldará o futuro da ciência dos alimentos e o impacto da investigação académica além-fronteiras.