O Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) da Escola Superior de Biotecnologia da Católica no Porto assinala o Dia Mundial da Ciência e o Dia Nacional da Cultura Científica, ambos celebrados a 24 de novembro, enquanto datas importantes capazes de promover a investigação e o seu impacto positivo na sociedade.
No âmbito desta comemoração, Marta Vasconcelos, membro da direção do CBQF, refere que “apesar da ciência ser feita todos os dias, este dia representa um momento para refletirmos sobre os 30 anos do CBQF e sobre o que este tem feito pela nossa sociedade, contribuindo para moldar a cultura científica no nosso país e trazendo-a além-fronteiras.”
Criado em 1990 com a missão de desenvolver e divulgar, de forma constante, na arena económica e social, o conhecimento e a inovação em áreas fundamentais - Alimentação e Nutrição, Ambiente e Saúde com impactos chave na saúde humana, bem-estar e economia -, o CBQF tem merecido o estatuto de Laboratório Associado desde 2004, sendo o único não estatal em Portugal, e regista nos últimos 5 anos 735 artigos indexados em revistas internacionais.
Marta Vasconcelos refere ainda que acredita que “os próximos 30 anos serão tão ou mais recheados de descobertas, desafios, e curiosidades desvendadas!"
Na vanguarda da investigação
O CBQF tem estado na vanguarda da investigação em Biotecnologia, tendo sempre como missão o fornecimento de conhecimentos inovadores e relevantes que contribuam para a saúde e bem-estar do cidadão e para a competitividade dos sistemas agro-alimentares sustentáveis. O Radiant e o ReCROP são exemplos de dois projetos do CBQF.
O “RADIANT: realizando cadeias de valor dinâmicas com culturas subutilizadas” é um projeto europeu coordenado pelo CBQF e financiado pelo Horizonte 2020 que tem como objetivo desenvolver soluções e ferramentas que fomentem a agrobiodiversidade, combatendo o paradigma agrícola de monocultura e de agricultura industrializada.
O ReCROP é um projeto co-financiado pelo programa da UE PRIMA e coordenado pelo CBQF, que pretende redesenhar os agro-sistemas mediterrânicos com melhor capacidade de resiliência e maior produtividade, focando no desenvolvimento de sistemas de produção agrícola sustentáveis através do uso combinado de ferramentas biotecnológicas e de práticas agronómicas amigas do meio ambiente.