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Solo, personagem principal do filme "A vida na Terra"

Friday, November 29, 2024 - 14:34
Publication
Jornal de Notícias

Artigo de opinião de Ana Sofia Sousa, aluna de doutoramento da Escola Superior de Biotecnologia e investigadora do Centro de Biotecnologia e Química Fina.

O solo sempre foi visto como o parente invisível da natureza: aquele do qual só nos recordamos nos aniversários e natais. Metaforicamente falando, refletimos no interesse muitas vezes inconsciente e egoísta associado a estes eventos, a visão que tínhamos do solo, tido como uma fonte de nutrientes e base para cultivo, edificações e sustentação física da vida, mas nunca como foco de preservação e atenção.

A Revolução Industrial do século XVIII e a associada intensificação das práticas agroalimentares vieram acoplar uma outra visão relevante ao papel do solo - o poder de movimentar a economia mundial. A fertilização química excessiva, o cultivo de uma única espécie sem rotatividade, a falta de cobertura do solo e o desmatamento generalizado para criação de pastagens foram e são motivados por uma produção descuidada de alimentos. No entanto, a infertilidade dos terrenos agrícolas, a desertificação e aridez exacerbadas por eventos climáticos cada vez mais extremos e frequentes, e a consciência das necessidades alimentares de uma população em expansão marcam um ponto de viragem que também olha o solo sob nova luz. As múltiplas conjugações entre fatores físicos, químicos e biológicos fazem do solo uma matriz única e singular, sendo necessário o seu conhecimento aprofundado para uma gestão adequada e tomada de decisão informada.

 

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